terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

A Religião Celta


As primeiras referências que temos dos celtas encontram-se na literatura grega, por volta de 500 a.C. Parece que, por essa altura, deveriam já habitat uma vasta área geográfica, que incluía França e Espanha e que se estendia até ao Danúbio superior, na Europa Oriental. A datação arqueológica dos achados não só confirmam sua história como também nos informa sobre o passado pré-histórico dos celtas.
Existe uma cultura reconhecidamente pré-cética em redor Danúbio superior do ano de 1000 a.C. Contudo arqueólogos defendem agora uma muito espalhada e gradual "celtização" de culturas que existiam já na Idade do Bronze na Europa Setentrional e Meridional; assim, a Bretanha céltica podia mesmo remontar a 1500 anos a.C., quando a cultura de Wessex possuía as características sociais heróicas em conformidade com os primitivos mitos célticos irlandeses.
Os celtas Hallstatt (Idade do Bronze), europeus meridionais cOs celtasomeçaram cedo a explorar o ferro para ferramentas e armas e a expandir o seu território, primeiramente através da Europa, em direção à França e à Península Ibérica, como afirmam os primeiros historiadores gregos.
As tribos gálicas fizeram, então, incursões na Itália romana e etrusca, tendo sido quase bem sucedidos ao sitiar Roma, em 387 a.C., e acabando por se estabelecer no vale do Pó (maior rio italiano).
A cultura céltica deste período é conhecida como La Tène (Idade do Ferro), nome de uma localidade na Suíça que apresenta características típicas da sociedade céltica do séc. V a.C. Muitos arqueólogos vêem La Tène como a primeira cultura verdadeiramente céltica e, por certo, este é o povo que, a partir de então, é referido como os celtas pelos historiadores clássicos.
Uma expansão céltica posterior foi dirigida para o Sudeste da Europa, o Báltico e para a Turquia Ocidental. No século IV a.C. vemos Alexandre, o Grande, receber embaixadores célticos na sua corte na Macedônia, e ouvimos dizer que, em 279 a.C., tribos célticas tentaram saquear o santuário grego de Delfos, a que se opôs um miraculoso nevoeiro enviado pelo Deus Apolo.
Os gregos faziam distinção entre os celtas orientais, a que chamavam Galatoi (Gálatos originalmente da Gália), e os celtas da Europa Ocidental, a que chamavam Kelkoi. Os Romanos fizeram mais uma distinção, chamando Galli (Gauleses) aos celtas franceses e Belgae (originalmente do que é agora a Bélgica) e Britanni (Bretões) aos celtas britânicos.
A Gália céltica tornou-se a província romana da Gallia, após as conquistas de Júlio César, no século I a.C., e a Bretanha tornou-se a Britannia romana, no reinado do imperador Cláudio, no ano 43 da nossa Era.
A Irlanda nunca foi invadida por Roma e, portanto, os seus mitos tendem a preservar a sua primitiva cultura céltica pré-histórica com mais pormenores.
Júlio César e outros escritores dos primeiros séculos a.C. e d.C. deram-nos relatos precisos da cultura e dos costumes célticos vistos por não-celtas. A principal característica que emerge é a que se refere a pouca unidade entre eles: estavam divididos em tribos dirigidas por chefes que, ao que parece, mantinham lutas constantes entre si. Todavia, deve recordar-se que os romanos, provavelmente, encorajavam essas divisões tribais nativas para facilitar as suas próprias invasões.
Fonte bibliográfica:
Introdução à Mitologia Céltica de David Bellingham

Volta às aulas e volta ao blog

Bem, as férias terminaram, e junto com elas, acaba a mamata de ficar sem postar! incentivada pela minha amiga karina, resolvi voltar a trabalhar nos blogs...
Hoje estive em uma das escolas em que trabalho, e fiquei muito feliz por algumas mudanças que ocorrerão em relação ao Ensino Médio... O trabalho voltado aos Seminários, com trabalhos diferenciados e que visam o aprendizado crítico e o amadurecimento para o ingresso nas Universidades é muito interessante. Dentro disso, teremos também espaço para o desenvolvimento de trabalhos variados e metodologias diversas, o que enriquece o trabalho dentro da escola. Ótimas mudanças estão acontecendo!

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Um pouco de História e Mitologia

 Clio, a Musa da História

Da união de Zeus e Mnemósine nasceram as nove musas, personificando as artes e ciências. Clio (ou Arauto) é a musa grega da História.
Clio junto com as irmãs, habita o monte Hélicon. As musas reúnem-se, sob a assistência de Apolo, junto à fonte Hipocrene, presidindo às artes e às ciências, com o dom de inspirar os governantes e restabelecer a paz entre os homens. Clio é a musa da história e da criatividade, aquela que divulga e celebra as realizações. Preside a eloquência, sendo a fiadora das relações políticas entre homens e nações. É representada como uma jovem coroada de louros, trazendo na mão direita uma trombeta e, na esquerda, um livro Intitulado "Thucydide" (Tucídides). Outras representações apresentam-na segurando um rolo de pergaminho e uma pena, atributos que, às vezes, também acompanham Calíope. Clio é considerada a inventora da guitarra. Em algumas de suas estátuas traz esse instrumento em uma das mãos e, na outra, um plectro (palheta). 
Um dos nove livros de Heródoto leva o nome de Clio em homenagem à deusa.
Metaforicamente, Clio simboliza que o conhecimento é fruto da leitura e do estudo e, nas lendas gregas, a musa é referida como aquela que legou o alfabeto aos homens.

fonte: http://speglich.blogspot.com.br/2008/03/clio-musa-da-histria.html


Filha de Zeus, deus rei do Olimpo, e Mnemósine, deusa da memória, Clio é a musa grega responsável pelo grande fruto da lembrança: a História. Clio é a musa da história e da criatividade, aquela que divulgava e celebrava realizações. Ela preside a eloqüência, sendo a fiadora das relações políticas entre homens e nações. É representada como uma jovem coroada de louros, trazendo na mão direita uma trombeta e, na esquerda, um livro intitulado "Thucydide".

fonte:http://filhosdeclio.blogspot.com.br/






Um pouco sobre a origem do Teatro


O teatro é uma arte que naturalmente se torna presente na cultura de muitos povos em todas as partes do mundo, mesmo que muitas vezes isso passe despercebido. As sociedades mais antigas acreditavam que nas danças imitativas, as forças naturais influenciavam nos fenômenos indispensáveis para a sobrevivência. Manifestações como a tragédia e a comédia gregas, por exemplo, assim como as latinas, originaram-se dos rituais religiosos. 
No mundo antigo, o caráter religioso e popular era muito forte, entretanto, aos poucos esta arte passa a ser considerada profana, devido às danças e oferendas realizadas em tais ritos. Os teatros gregos, de pedra, chegavam a abrigar 20.000 pessoas em um dia de espetáculo, e reservava um espaço/altar para Dionísio[1], o protetor das artes dramáticas e dos atores. Em seu desenvolvimento, o teatro passa a representar as lendas referentes a histórias de Deuses e heróis. O gênero dramático divide-se em tragédia, comédia, farsa e drama, tendo cada um suas características, variações e exigências próprias.

JAQUES, Taiana Nichele. A Farsa do Panelada e o Neoliberalismo na América Latina. Monografia de conclusão da disciplina de Cultura Brasileira do Curso de História da Faculdade Cenecista de Osório, 2009.


[1] Dionísio, ou Baco, é conhecido também entre nós como deus do vinho. É justamente o vinho que funciona como o fio que liga o mito e o deus ao gênero dramático (...) depois da dança frenética e da ingestão exagerada de vinho, os devotos de Dionísio entravam em uma espécie de transe e acreditavam que, através do processo do êxtase, podiam sair de si, tornando-se outros. Esse sair de si e a transformação em outro, em comunhão com a imortalidade por ser este um acontecimento religioso, é o que torna o homem um herói superador de seu métron. (Souto, p.15, 16)

terça-feira, 29 de maio de 2012

História e Arte, uma união possível

Muitos me chamam de maluca ao tentar realizar atividades diferenciadas em sala de aula. Mesmo assim, nunca deixei de "pirar" com os conteúdos de História. De qualquer forma, acredito que a Música, o Teatro, as Artes Plásticas, a Literatura e as Mídias Digitais podem auxiliar muito no desenvolvimento da aula e no aprendizado dos alunos. Então, um Viva à diversidade de técnicas e metodologias!